A organização do tempo e o acesso às redes sociais
- João Falanga
- 29 de mar.
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de mar.

O tempo. O tesouro que não é visto, tocado, mas vivido e que no corpo de todo ser vivo é sentido. Um tesouro muitas vezes desprezado, ignorado e por tão poucos valorizado. Carrega as memórias de momentos que independe dos sentimentos vividos e que sempre segue numa única direção: sempre em frente. Todos somos testemunhas e protagonistas dele em nossa história. Nas ações, emoções, sentimentos, escolhas. Acertos e erros. Mas o desprezamos ao não saber vivê-lo. Desprezamos momentos ternos e alegres. Calorosos e de pele pela frieza dos bits. Da tela fria e mostra o mundo, conhecimento sem toque, sem abraços, calor da pele. Vivemos dias em que a humanidade se torna domesticada 3 carente, numa cegueira para alguns desconfortável, para outras um refúgio. A impessoalidade se tornou fofoqueira e o coração guardado (?), (ou será preso? ) na gaveta, para alguns que ainda criaram memórias, pois para os mais novos este é somente um músculo. Um serviçal a bombear sangue para que uma vida pobre de calor continue a vagar na frieza cômoda da internet. Deixando escapar em cada toque o tempo que torna a vida mais gostosa no calor do toque, no escutar de uma gargalhada, nas cores que os olhos fazem despertar admiração, amor. O acesso é logo ali, quase que uma ida a cozinha. Sempre as mãos, aos olhos , aos desejos obscuros ou claros como a água corrente de um rio. Mas este acesso significa também um cativeiro. Uma prisão para a verdadeira liberdade, para o amor. Para a personalidade, que se torna preguiçosa e vive a criar sob opiniões alheias e esquecendo de suas obrigações para consigo e deixando o tempo levar os melhores momentos.Tempo. O que este hoje significa? O que hoje ele ensina? O que hoje ele guarda na gaveta da memória? Quando seu desperdício está, sem nenhuma sutileza, nos olhos focados numa pequena tela onde havia um mundo. Qual o valor do seu tempo?
Escrito sem pausa. Como os dias de hoje.
Comments