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Foto do escritorJoão Falanga

A Leitura no Brasil: Uma Análise Complexa e Desafiadora


Leitura no Brasil
(Fonte: Infográfico - Poder 360)

O panorama da leitura no Brasil é uma realidade que nos entristece e preocupa profundamente, por refletir uma queda constante no número de leitores. É de conhecimento geral que os brasileiros não têm o hábito de ler, e os efeitos negativos dessa deficiência na aprendizagem são substanciais, especialmente nas disciplinas de cunho mais técnico. A falta de afinidade com a leitura no Brasil está profundamente enraizada em aspectos culturais, onde a tradição oral muitas vezes prevalece sobre a escrita. Além disso, questões econômicas também desempenham um papel crucial, visto que o custo dos livros contrasta de forma gritante com a renda média do brasileiro. A distribuição geográfica limitada de livrarias, principalmente em regiões de menor poder aquisitivo, apenas agrava essa situação.


Em muitas cidades do país, a vontade política de promover e desenvolver o hábito da leitura através das bibliotecas ainda não se traduziu em ações efetivas. A cultura, lamentavelmente, não recebe a atenção e o foco que merece por parte dos nossos políticos.


É surpreendente constatar que, segundo dados de uma pesquisa nacional realizada pelo Retratos da Leitura (Instituto Pró-Livro, Itaú Cultural e IBOPE), a porcentagem de leitores no Brasil é de apenas 52%, e a média de livros lidos por ano por cada brasileiro é de meros 2,43. Mais surpreendente ainda é observar uma queda no número de leitores, especialmente nas classes A e B e entre aqueles com ensino superior, grupos que historicamente apresentavam índices mais elevados de leitura. Para efeitos da pesquisa, considera-se "leitor" qualquer pessoa que tenha lido, mesmo que parcialmente, pelo menos um livro nos últimos três meses.


Entre os leitores, chama a atenção o fato de que 82% deles gostariam de ler mais, e 47% alegam a falta de tempo como principal obstáculo para isso. Entre os não leitores, 34% justificam a falta de tempo, enquanto 28% afirmam simplesmente não gostar de ler.


Curiosamente, quando analisamos como as pessoas utilizam seu tempo disponível, é espantoso observar que muitos preferem:


  • Assistir televisão;

  • Assistir filmes ou vídeos em plataformas;

  • Usar a internet ou redes sociais;

  • Ouvir música ou rádio.


No cenário mundial de leitura, os alunos brasileiros obtiveram uma média de 419 pontos, enquanto a referência estabelecida pela pesquisa é de 500 pontos, que representa a média de todos os países avaliados.


Diante desses dados, torna-se evidente a importância de promover a leitura em todos os âmbitos da sociedade brasileira. A deficiência na leitura afeta diretamente a capacidade de escrita e compreensão da nossa população, comprometendo seu desenvolvimento intelectual.


Além disso, estudos indicam que a leitura pode desempenhar um papel fundamental na prevenção de doenças neurodegenerativas, protegendo a mente e estimulando a cognição.


Diante desses argumentos, fica claro que há inúmeras razões para estimular a leitura no Brasil. Isso não apenas enriquecerá nosso vocabulário e conhecimento, mas também contribuirá para o desenvolvimento intelectual e cultural do nosso país. A pergunta que fica é: estamos dispostos a mudar esse cenário? Em uma sociedade em constante busca por melhorias em suas organizações e indicadores, a promoção da leitura surge como um caminho crucial que merece ser percorrido em cada núcleo de nossa sociedade.


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